segunda-feira, julho 30, 2007

Slides – Retratos da Cidade Branca

Onde estão os meus amigos?
Remotas memórias
Saltitam
Pululam
Cheiros / odores / miragens
O café
O sorriso
Olá como está!
E outras encenações
A novidade
A vizinha do 3º fugiu, amanhã vem no jornal

Ai..a imperial da Munique
Os destemidos tremoços
Moços, maçons
Canalha / navalha
Pensa coração
Amigos onde estais?

A sueca com minis à mistura
O relato da bola
A malha / copo de 3
A feira do relógio
O relógio da feira
Sandes de couratos / vinhos de Torres
Jogging de Marvila

Domingo
Especialmente domingo
Barbeados / dentes lavados
E martinis no plástico labrego
Alumínio / moderno / kitch / mau gosto
12 cordas / mãozinhas
Salteadores da razão perdida
Perdidos / enjaulados
Correio da manhã
O cú da vizinha do 9ºB
Regalo para a vista
Suplemento a cores com salários em atraso

E a Lisnave / petroquímica
Cancros do meu Tejo
Apodrecendo lentamente o azul das águas
E eu impotente / cinemascope / 35 milímetros de mim
A raiva afogada entre cubaslibres e pernas de mulheres
Que não são putas nem são falsas nem são nada
São pernas de mulheres e cubaslibres simplesmente

Paga-se a saudade com cartão de crédito

Táxi
Leva-me para onde está o meu amor
Táxi
Leva-me para lá de mim
Táxi
Atropela-me os sentidos e a alma para não deixar vestígios

Sam The Kid.

Isto é, quanto a mim, do melhor que se tem feito em Portugal. Tanta gente medíocre ou distraída com entreténs medíocres e isto tão bom, a passar-lhes ao lado. Neste caso, e para este pais, quase poderia dizer-se – felizmente.

quarta-feira, julho 25, 2007

O Tempo II.



Hurt - Johnny Cash

Nada como recomeçar com uma obra-prima. Era para falar sobre filhos, sobre comprimidos para a alienação, da infelicidade das pessoas no geral e de desencontros, mas não. Isso fica para depois. Esta música e este vídeo dizem muito, por agora.

sábado, julho 14, 2007

Dia 22 há mais Amor.

Até lá, aproveitarei o máximo de Sol possível.

quinta-feira, julho 12, 2007

O tempo I.


Coisas que se vão ouvindo:

Nunca contes a verdade toda.

Isto de estar vivo vai acabar mal.

A vida, muito raramente é como nós queremos.

Li a primeira frase num número da revista “K”, há uns anos, que acrescentava: este conselho vale muito mais do que o dinheiro que deu por esta revista.

quinta-feira, julho 05, 2007

Revelações de adolescente e, já agora, do post anterior.



Victoria Principal

quarta-feira, julho 04, 2007

Vitória Principal.

Ouvia esta canção há muito tempo. Só me lembra coisas de que hoje tenho vergonha, como as roupas que vestia e nunca despia. Os dias eram mais coloridos e maiores como nas séries em que todos dançam em cima de carros.

Era mais saudável e mais forte, corria mais e dormia mais. Era tudo mais, menos a vergonha. A minha mãe tem fotografias de muitas dessas desgraças. Eu até dançar dançava, já imaginaste? Noites inteiras, sozinho. Estou convencido que o fio de prata e algumas camisas contribuíram bastante para esse estado de sólido desespero.

Tu és o resultado prático de muitas aniquilações sumárias e tentativas abortadas. Sabes a vitória.