quarta-feira, dezembro 31, 2003

Imaginar o Amor.

Gosto das coisas infinitas que conheço. Gosto de imaginar quantos grãos de areia existem na praia do Carvalhal, de calcular o número de folhas em todas as Oliveiras que vi até agora e de pensar em quantas letras “a” existem em todas as palavras dos livros que não li.

Desejo Amor.

Mais um ano que se prepara para levantar. O de agora já está cansado e usado. Não está velho porque só tem um, mas está gasto de tanto e de tão pouco ter dado.

Para o que vem desejo amor. Muito. Daquele que dizes que já tenho mas que está guardado.

Tantas vezes nos demos a quem devíamos muito, pouco ou nada, que para agora não serve qualquer coisa. Se calhar nem serve de nada.

As doze sultanas aspirantes serão poucas para matar a fome do que desejo.

terça-feira, dezembro 30, 2003

Por Amor de Deus IV.

Sabem aquelas senhoras de leste que mendigam nos semáforos com bebés ao colo?

Estavam hoje duas famílias dessas no jardim do Campo Grande a rir e a conviver no final do dia. Um marido fotografava alegremente cada um dos membros do agregado familiar.

Como cenário de fundo ficou, pelo menos, a minha incredulidade.

Amor desafinado.

Não percebo porque é que às vezes gosto de ouvir música mais alto. Até aquela que costuma levar-me a mão ao botão do volume para levantar mais uns pêlos dos braços. Mesmo essa, de vez em quando, vai para uma altura em que os meus vizinhos não atingem.

Se calhar é para não te ouvir a chamares-me.

Se calhar é para me destoar o coração com batidas estranhas às dele.

”C” de Amor.

“C” de Cassilda.

Gostava:
- De fotografias antigas duma vida que nem ela se lembrava que tinha sido a sua;
- Das netas todas, 4 no total e uma em particular;
- Da lezíria, dos cavalos, dos touros bravos e da criação.

Não Gostava:
- Da maioria das recordações que lhe foram reservadas;
- Do Inverno que trazia as marés vivas e o medo da noite;
- Que as gatas parissem logo ali ao pé da porta de casa.

No fim:
Era uma prima envelhecida pelos desgostos e pelo sol da planície ribatejana. O marido traiu-a com a tuberculose ainda novo. O filho mais velho morreu num acidente de motorizada quando ia para o hospital de Vila Franca visitar a mulher que tinha acabado de dar à luz a filha dos dois.

Restava uma filha que lhe deu as 3 netas que não a órfã do seu filho. Esta dava constantemente com a mãe caída no chão da cozinha desmaiada quando o desgosto era mais forte que ela. A minha mãe diz que morreu de velha - o que quer que seja que isso seja.

segunda-feira, dezembro 29, 2003

Amor mondado.

Surges-me devagar como o roupão a seguir ao duche. Fecho os olhos e enroscas-te no calor da minha saudade. A música que escolho e a outra indicam-te invariavelmente. A distância a que estamos serve como o tempo de levedura para o pão que vai alimentar as nossas bocas.

Pergunto-me sobre a resistência do que estorva a engrenagem das nossas vidas.

domingo, dezembro 28, 2003

Sobejo de Amor.

Passo propositadamente pelas ruas e sítios que fazem a tua rotina. Tento achar migalhas de ti.

Sinais para seguir a direcção do que sonho e não do que vivo.

Grandes imagens de Amor.

Numa das minhas rotinas, a de ver quem e como veio espreitar este blog, descobri alguém que não poderia ter chegado a sítio melhor. Esse alguém fez uma pesquisa no Google por: “quero ver grandes imagens de sexo”

A segunda visita mais inusitada até hoje foi a de alguém que procurou por “alimentação para pardais de Java”

Por vezes, o medo de não estar à altura das exigências deixa-me cismático. Rezo para que não tenha decepcionado nenhum dos dois visitantes acima referidos.

sábado, dezembro 27, 2003

Amor subordinado.

Dantes podia-se comprar e vender pessoas. A escravatura já foi coisa banal onde os mais privilegiados podiam servir-se dos mais simples. Poderiam ser uma mercadoria boa ou má, de denominação de origem controlada ou caseira, saudável ou problemática.

Às vezes gostava de ter vivido nessa altura com a mulher que me transcende. Eu era um senhor e ela tinha vindo não se sabe bem de onde. Num dia solarengo, lá para os lados de Belém, comprava-a num negócio por mais do que aquilo que tinha. Muito menos que o seu real valor.

A partir daí seria a minha proprietária. Assim que saíssemos daquele tolerado inferno passaria a comandar-me e eu como seu senhorio indicava-lhe o seu novo papel.

A simplicidade de antigamente subordinada ao tema do amor garantido.

”B” de Amor.

“B” de Barata.

Gostava:
- De choco frito (de Vila Real de Santo António e de Setúbal);
- Da Maria do Castelo, filha do procurador e sua namorada de muitos anos;
- Da Renault 4L, que tantas vezes nos galgou do Castelo para a AR.CO onde fomos felizes na mesma turma de Design gráfico.

Não Gostava:
- De copistas;
- De estúpidos (a estupidez humana é a maior multinacional que existe, daí a sua costela radical vir ao de cima);
- Que simpatizassem com ele logo à primeira. Só os eleitos deveriam conhecê-lo e só após um aturado trabalho de conquista o conseguiriam. Se assim não fosse era porque ventos de hipocrisia iriam soprar na sua direcção. Era, portanto, um antipático. O sucesso junto da população feminina bafejava-o devido à sua semelhança física com o Vandame.

No fim:
Foi um grande amigo que o tempo se encarregou de esconder. Daqueles cujas palmadas nas costas nos aqueciam o espírito de verdade. Vemo-nos raramente. No nosso olhar vivem mais palavras e lembranças do que as que trocamos.

sexta-feira, dezembro 26, 2003

Amor cá dentro.

Rapidamente nos esquecemos que tudo começou em duas células que deram no que somos. Sabe-se lá porquê, aparecemos nós vindos do amor. Do verdadeiro que os nossos pais fizeram naquele instante.

De que terão falado enquanto começávamos a germinar? Será que foi tão bom para ela como para ele? Fumaram? Deu-lhes fome? Ficaram com o cheiro de quem ama impunemente?

Cá dentro foi tudo mais simples. Uma solução aquosa embalou-nos para o mal ou para o bem do que fazemos da existência regular.

quarta-feira, dezembro 24, 2003

O Amor da casa amarela.

Na capa do “Cahiers du Cinema” de Dezembro vem o João César Monteiro. No interior há uma reportagem de 8 páginas intitulada “Génie de João César Monteiro”

Sabe quem sabe muito disto que a obra integral deste cineasta português, lançada este mês em DVD, é importante.

Estou cá desconfiado que não falta muito para a ridícula franja intelectual portuguesa começar a torcer a orelha e constatar que esta já se encontra seca como feno em Agosto.

A esta hora, os que insultaram a Branca de Neve devem estar a besuntar sapos gigantes com vaselina da boa.

Amor au sal.

A tua imagem tenta-me como uma ferida salpicada pela da água do mar que tantas vezes me leva.

terça-feira, dezembro 23, 2003

Amor de luva branca.

As mãos que desejamos parecem-nos sempre demasiado bem desenhadas para as nossas. A junção é tão perfeita que julgamos serem as que procuramos desde da nascença. As que hoje me roubaram a compostura são verdadeiras relíquias de beleza (a sua dona cuida-as melhor que eu da minha alma).

É um bom indicador o que nos nossos pulsos sente as batidas e o fôlego a inflamar.

Às vezes, só de darmos as mãos a quem amamos ficamos mais perto do paraíso.

”A” de Amor.

A partir de hoje vou correr todas as letras do alfabeto para apresentar pessoas que posso dizer que são minhas. A prova que a realidade é mais fascinante que a ficção segue dentro de instantes.

“A” de Álvaro

Gostava:
- Do mar (como todos nós, mas ele com mais legitimidade porque foi marinheiro);
- De receber um perfume como presente em qualquer ocasião;
- De ler jornais nas tardes de Sábado e depois passar pelas brasas (deitava-se de barriga para baixo na cama e punha o jornal no chão, depois era só sobrepor as mãos debaixo do queixo, espreitar et voilà).

Não Gostava:
- De desorganização;
- De emprestar o carro;
- Da quimioterapia que nos últimos tempos o apoquentou.

No fim:
Era e é o meu pai. Partiu em 1995 porque desistiu de ganhar a um cancro que o acompanhou demasiado de perto durante 17 anos.

domingo, dezembro 21, 2003

Amor tão grande, senão maior, do que o primeiro.

Pela primeira vez um poema. Brilhante e que revisito regularmente na voz da Bjork. Se é a vossa primeira vez, já sabem, tentem fazer o melhor que conseguirem.

Chama-se Bachelorette.

I'm a fountain of blood
In the shape of a girl
You're the bird on the brim
Hypnotized by the Whirl

Drink me, make me feel real
Wet your beak in the stream
Game we're playing is life
Love is a two way dream

Leave me now, return tonight
Tide will show you the way
If you forget my name
You will go astray
Like a killer whale
Trapped in a bay
(the ocean miles away)

I'm a path of cinders
Burning under your feet
You're the one who walks me
I'm your one way street

I’m a tree that grows hearts
One for each that you take
you’re the ground I feed on
We’re circle no one can break
Leave me now, return tonight
The tide will show you the way
If you forget my name
You will go astray
Like a killer whale
Trapped in a bay
(the ocean miles away)

I'm a whisper in water
A secret for you to hear
You are the one who grows distant
When I beckon you near

Life is a necklace of fears
Your uncried tears on a string
Our love will untie them, come here
Loving me is the easiest thing


Por Sjòn. 


Ainda não percebi se, no caso do amor, o tamanho importa. Se assim for, quem não se harmonizar e morrer ao lado da primeira paixão está bem arranjado.

Eu sou dos que está muitíssimo bem arranjado, cá para o meu lado tem sido sempre a crescer, cada vez amo mais. Se calhar é da idade, os anos vão saindo e vou aproveitando o espaço livre para guardar amores de toda a espécie, formato e grandeza.

sábado, dezembro 20, 2003

Queda para o Amor.

Desde que te conheço que só quando me distraio é que desço até aqui às nuvens.

sexta-feira, dezembro 19, 2003

Amanhã há mais Amor.

Para nós não existe futuro. O nosso é só nosso. E o geral - o futuro - não nos pertence. Os outros que fiquem com o outro, com o grande que chega para tantos. Neste ninguém toca. Para cá de nós próprios mandamos nós.

Quem quiser que cuide do outro. Deste sabemos os dois. Se o nosso estiver bem é sinal que os que nos são queridos também estão a tratar do grande.

Quando todos souberem que o este é maior e mais esplendoroso que o do resto é que vai ser. Toda a gente vai querer um parecido. Coitados, não vão perceber que este fomos nós que nos demos e que não há mais nenhum.

Nem parecido nem próximo.

quarta-feira, dezembro 17, 2003

Amor aguado.

Isto é que é um verbo: aguar! Desde bebés que corremos o risco de aguar. Toda a gente sabe que se devem cumprir as exigências gustativas dos novos.

Quando crescemos também aguamos. Com coisas indistintas é certo, mas a humidade esotérica permanece em todos. A diferença é que não temos uma mão, boca, peito, cabelo, língua, ouvido, pele, dedo ou sorriso de Eva que nos satisfaça instantaneamente o desejo urgente. Devíamos ter.

A idade adulta oferece muitas faltas. Tantas, que acho que a chuva é um artifício para nos manter abrigados do desvario. Numa tentativa de orvalhar aparente, alguém achou que pequenas pingas nos ajudariam a renunciar os anseios.

Devíamo-nos afogar numa espiral de finais felizes.

Toca no Amor e foge.

Como numa pequena brincadeira pueril, tocas-me e afasta-te para fora do alcance das minhas mãos e da minha compreensão. Vens, corres e saltitas à volta do que amas. É-te intrínseco o desejo de jogar. Nos teus olhos vive a menina dos meus. Sorridente e feliz, nunca desordenada. Com ideias fixas, mas com passadas vigorosas, esquivas-te do meu desejo, demasiado forte para se poder mexer com a agilidade suficiente para te apanhar.

Atreves-te por caminhos mágicos e esperas escondida numa silva que eu passe pelo raio da tua acção. Depois é só ofereceres de repente o doce da tua voz e esperar que eu me assuste com essa vibração.

No fim, ris-te. Descansada ficas tu que eu não.

terça-feira, dezembro 16, 2003

Reflexo de Amor.

Imagens nascem e correm nas poças de água. No Inverno, quando o tempo é pior e a chuva é melhor, inundam as ruas e estradas como espelhos mágicos. Algumas costumam ser nítidas e coloridas como as lembranças.

Quando o vento sopra forte as reflexões ondulam e a evaporação fica mais rápida. Nos dias mais frios as memórias também se podem congelar para mais tarde se servirem como prato principal de um sonho ou como acompanhamento de uma conversa a um ou a dois. Sorrisos a dois, poças de lágrimas a um.

No Verão as poças vão para as praias. São as marés baixas que fazem reflectir a vida.

Que tenhas reflexos lentos para os ver passar com bom tempo.

segunda-feira, dezembro 15, 2003

O Amor que veio do frio.

Cheguei. Confesso que já estava com saudades de escrever. Agora tudo está onde pertence.

Descobri que o frio tem muitos encantos e que a neve é muito fascinante. Ainda bem que o gelo às vezes não se quebra. Conserva tudo excepto a compostura física de quem se diverte com ele.

Friamente, descubro que só estamos bem onde não estamos. Ainda bem que é assim.

quinta-feira, dezembro 11, 2003

Sede de Amor.

Quando te beijo não te quero acarinhar. Nem demonstrar o quanto te amo. Quero sim beber tudo o que és da forma mais lenta e inebriante que consigo.

Há muito que só consigo viver embriagado por ti.

Vício
substantivo masculino
- defeito pelo qual uma pessoa ou uma coisa se afasta do tipo normal, de maneira a ficar mais ou menos inapto a cumprir o seu fim;

- hábito profundamente enraizado de acções gravemente imorais;

- mau hábito;

- erro contra as regras da arte ou da ciência;

- costumeira;

- impertinência;

- propensão irresistível;

- disposição natural;

- costume condenável;

- erro;

- libertinagem;

- desmoralização;

popular
cio dos animais;

(Do lat. vitìu-, «id.»)

Amor ao fresco.

Vou para a neve. Até Domingo este amor está congelado. A partir daí tudo retomará o seu devido lugar: o da loucura normal.

Amor saudoso.

Quanto mais me faltas mais o teu corpo me cerca. A tua ausência desperta o apetite que vagarosamente me toma. Em vez de querer falar contigo ou regar as tuas palavras com sorrisos, quero antes que o silência nos invada e que as bocas tratem de se ocupar.

Nestas alturas, gostava de ter a capacidade de uma serpente em que a mandíbula se desloca para poder beijar de uma só vez o que daria uma vida.

Queria mesmo compreender a força motriz que nos afasta para lá do tino.

Quando não estás é como se mais nada estivesse no seu e no meu lugar.

terça-feira, dezembro 09, 2003

Amor encaminhado.

O caminho alternativo sempre me fascinou. Desde o trajecto para a escola primária até ao atalho diário para Alcântara, os desvios sempre me ajudaram a viver.

Em pequeno, e com galochas novas, escolhia criteriosamente as poças que, numa excitante rota de colisão, se atravessavam à minha frente.

Agora, escolho todos os dias uma rota que acrescenta sempre dez minutos à minha manhã.

Contigo também não foi diferente. Demorei-me na tua boca e pensei logo no pedaço de mau caminho que se me deparava.

Sem mapa, porque não é preciso, percorro de olhos fechados as curvas que me levam alto. Às vezes perco-me, outras vezes não me encontro.

segunda-feira, dezembro 08, 2003

Amor de regresso.

Estás de volta. Sinto-te, mas não te vejo.

Como um tigre que se levanta para correr as grades da jaula de forma cadenciada – esquerda – direita – olhar e faro lá fora, corpo e alma cá dentro. Impaciente.

O ar que te trouxe e que me gela a cara é o mesmo que te bronzeou os ombros. Longe, onde o tempo não parou. Deves estar mais perto para meu frenesi.

O portão não é aberto há anos. Apesar de inofensivo, pedaços de carne são-me atirados para matar o que poderá matar quem os atira.

Só tu tens o que liberta, ou melhor, tu és o que me liberta.

Deixaste-me marcas na pele, listas negras de lembranças.

De papel é o meu juízo onde não paras de desenhar o que sonho.

quinta-feira, dezembro 04, 2003

Amor fora.

Desde pequeno que ouço histórias de homens que enlouqueceram ou se suicidaram por amor.

Nasci e cresci numa terra pequena, o que trás algumas vantagens em muito poucas coisas, e por lá contos destes era coisa que não faltava.

Havia pelo menos duas almas corrompidas por esta maleita. Homens que perderam, de uma forma ou de mil outras quaisquer, quem amavam, pelos vistos perdidamente.

- Um deles foi deixado pela mulher que não o quis aturar mais.
- O outro perdeu-a num acidente de automóvel.

Até hoje penso neles e no tamanho do céu que se abateu sobre as suas desacertadas cabeças.

Tirando o facto de serem loucos, estes dois alheados pareciam ter bastante juízo.

Às vezes o amor disfarça-se de coisa boa para depois nos atirar borda fora de nós mesmos.

Junta de Amor.

Junto a ti não sou eu. O que conheço de mim desaparece e dá lugar a um desconhecido. As palavras trémulas que profiro irrompem desobedientes. As mãos passam a ser controladas pelo desejo e a razão esconde-se envergonhada por detrás das minhas pálpebras humedecidas de alvoroço.

Junto a ti não sou inútil. Passo a ser um receptáculo de energia contida. Uma máquina de sorrir, descontrolada mas bem oleada.

Junto a ti não me conheço. Passo a ser o homem que invejaria se não fosse eu e tu.

terça-feira, dezembro 02, 2003

Bit de Amor.

Enquanto escrevo este post, decido ouvir uma das minhas músicas preferidas – What Sound dos Lamb. Depois de pôr o CD no computador, abrem-se uma série de janelas, como se todos os encantos da obra começassem a ganhar vida própria e decidissem, cada um por si, espantar-me com diabruras tecnológicas.

Primeiro é uma a perguntar o que fazer com o CD. Depois outra que diz estar a ligar-se a uma rede de sabedoria gratuita e que aí colherá a informação necessária para satisfazer as (des)necessidades informativas. E ainda uma com uma série de bibliotecas de centenas de músicas que baralham as deste disco. Descubro que falta um plug-in que permite visualizar uma viagem astronómica multicolorida. Perguntam ainda se desejo converter as melodias para MP3.

Hoje, para ouvir a música que me lembra quem amo, percebi o quanto complicado se está a tornar tudo.

Acho que me vou deitar. Prefiro dar ouvidos ao ritmo cardíaco.