
Ontem fui o homem mais feliz do mundo. O irmão mais velho do sonho. O papel de rebuçado de Domingo. Ajudei a vaidade suprema, aquela que inunda a Noiva a sair de casa.
Fui com o meu irmão mais novo comprar o seu fato de Noivo. Provas, conselhos de quem sabe e pregas de sorrisos. Camisas de punho duplo, cintos que o sapateiro vai afinar, bainhas ao milímetro e crianças a correr à nossa volta. Crianças que não pararam de suar e de atirar pedras para o mar da nossa infância. Salpicos nos olhos e gargalhadas de sal.
Se alguma vez fui feliz, foi ontem. Se houve uma altura em que o sangue sincero nos deitou os joelhos abaixo numa corrida de bicicletas, foi ontem também.