Ao comprar os últimos recursos logísticos para a consoada, vejo uma menina dos seus dez anos a brincar com artigos expostos numa prateleira da loja. Aproximo-me e reparo que são daqueles manequins articulados que os estudantes de arte usam para esboçar o futuro.
A menina, de beleza a prometer muitos corações partidos, vai juntando os manequins aos pares, bem abraçados como se os beijos e o desejo pudessem ser de pinho envernizado. Como se fosse uma deusa do Amor a aprender o ofício.
Como se Amor vivesse onde queremos ou gostamos.