quarta-feira, agosto 31, 2005
Miss.
Há um ruído telegráfico que me traz as fraquezas e o deserto. Uma valsa estranha de odores e sol na cara. Uma cadência de chuva quente e dedos lambuzados de saudades.
Há uma moinha na alma como a poeira nuns sapatos de Domingo. Qualquer coisa secreta como as rendas que te marcam quando te sentas.
Há uma esperança tísica.
terça-feira, agosto 30, 2005
Outono.
Sou uma árvore que nasceu demasiado longe. Daquelas que as mãos não vergam, só o vento. À espera de um relâmpago.
segunda-feira, agosto 29, 2005
Diário.
O dia começa frio como as primeiras águas que saem da torneira. É fácil arranjar-me com o treino de todas as manhãs. O perfume está no fim, já ontem estava.
Os pensamentos são tão repetitivos como os dias. A ausência, a saudade, o desejo, tudo como de costume. É sempre a mesma coisa. Ouvi dizer que o Inferno não pode ser sempre mau, senão habituávamo-nos.
quarta-feira, agosto 17, 2005
Preguiça.
Tinha saudades de escrever. Mesmo na inércia tudo continua a rodar. Até as cabeças à procura de descanso.
quarta-feira, agosto 03, 2005
Férias.
Já devem ter reparado que as coisas por aqui estão mornas como o mar de Verão. Até dia 15 ou mais vai ser assim.
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