Estranho Amor
sexta-feira, dezembro 27, 2013
terça-feira, setembro 17, 2013
Descendência.
Quem não tem filhos por opção não sabe o que perde.
É como viver a vida inteira numa casa e nunca abrir a porta da sala mais bonita e solarenga.
Com os anos, há uma palavra que se vai formando na varanda dessa divisão e que se vê por quem está de fora: arrependimento.
quarta-feira, julho 10, 2013
Não sei de que terra sou.
Tudo muda. O meu filho já não é um bebé, o combóio chega cada vez mais cedo, o sofá está mais mole e as paredes mais amareladas.
O que ontem era liso hoje está relaxado. Só a minha memória continua a mesma mas mais ocupada porque tenho que me lembrar de tudo. E cada vez é mais porque as coisas estão mais lonje de mim e do que parecia perfeito.
As coisas inabaláveis levam encontrões e a velhice vai aterrando como o pó que só se vê ao Domingo de manhã com o sol.
Até o Painel de Alcântara acabou bem como as suas pataniscas. E o português atabalhoado do senhor Manuel, para onde irá?
O que ontem era liso hoje está relaxado. Só a minha memória continua a mesma mas mais ocupada porque tenho que me lembrar de tudo. E cada vez é mais porque as coisas estão mais lonje de mim e do que parecia perfeito.
As coisas inabaláveis levam encontrões e a velhice vai aterrando como o pó que só se vê ao Domingo de manhã com o sol.
Até o Painel de Alcântara acabou bem como as suas pataniscas. E o português atabalhoado do senhor Manuel, para onde irá?
terça-feira, dezembro 18, 2012
Feliz Natal.
Gosto do Natal. As compras, as luzes e as mesas postas põem-me bem. Desde novo que é importante para as famílias por onde tenho passado e que são as minhas.
Recordo as pessoas, as noites e os dias com cozinhas azafamadas, com a boa disposição típica do depois das refeições.
É bom como as coisas boas que por o serem se transformam em clichés.
Recordo as pessoas, as noites e os dias com cozinhas azafamadas, com a boa disposição típica do depois das refeições.
É bom como as coisas boas que por o serem se transformam em clichés.
segunda-feira, novembro 26, 2012
À sombra das 50 sombras.
Já muito se disse sobre o livro as 50 sombras de Grey de E. L. James, o livro mais vendido do ano e um fenómeno com fãs capazes de esgotar as sessões de autógrafos que a autora vai distribuindo pelos países onde a obra é lançada.
Já li partes do livro e, não tendo intenção de fazer crítica literária, percebi que a escrita é básica e simples, o que até poderia ser favorável se o argumento fosse bom. Não sendo o caso, resta-nos tentar perceber o que as pessoas tiram do livro e as razões para o seu sucesso. Na minha opinião esta obra disponibiliza ao público (maioritariamente feminino) estímulos sexuais disfarçados de escrita e, como tal, melhor aceites pela sociedade.
À partida, sou a favor do que desperta sensações desta natureza, como tal, tenho uma opinião favorável deste livro. Tudo o que contribui para melhorar a cabeça e as relações das pessoas com elas próprias ou com outros é positivo.
Enquanto livro pode não prestar, mas é uma grande coisa como objecto de sensações psicológicas e físicas para algumas pessoas. Para o que é, basta.
Já li partes do livro e, não tendo intenção de fazer crítica literária, percebi que a escrita é básica e simples, o que até poderia ser favorável se o argumento fosse bom. Não sendo o caso, resta-nos tentar perceber o que as pessoas tiram do livro e as razões para o seu sucesso. Na minha opinião esta obra disponibiliza ao público (maioritariamente feminino) estímulos sexuais disfarçados de escrita e, como tal, melhor aceites pela sociedade.
À partida, sou a favor do que desperta sensações desta natureza, como tal, tenho uma opinião favorável deste livro. Tudo o que contribui para melhorar a cabeça e as relações das pessoas com elas próprias ou com outros é positivo.
Enquanto livro pode não prestar, mas é uma grande coisa como objecto de sensações psicológicas e físicas para algumas pessoas. Para o que é, basta.
sexta-feira, novembro 16, 2012
Vai lançado.
Continuo rever textos e reparo que quanto mais recentes, menos trabalho dão. É como se fosse qualquer coisa que requer manutenção, quanto mais velha mais precisa. Só que esta não ganha folgas com o tempo - uma vez afinada, para sempre afinada.
segunda-feira, novembro 12, 2012
Revisões.
Quando comecei este blogue não sabia escrever. Sentia o que escrevia, mas não sabia como fazer um texto decente.
Este blogue quase não tinha leitores no início, e ainda bem. Depois teve muitos e ainda bem também. Houve uma altura em que o seu sucesso ultrapassou em muito as minhas expectativas. Hoje tem mais visitas do que as que merece porque não o actualizo como devia (ainda assim, obrigado).
Contudo, revi e continuo a rever os post iniciais para deixar os escritos correctos, pelo menos. As primeiras imagens perderam-se por vicissitudes informáticas, mas os textos continuam como eram, ou revistos para melhor.
Aprendi muito desde 2003.
Este blogue quase não tinha leitores no início, e ainda bem. Depois teve muitos e ainda bem também. Houve uma altura em que o seu sucesso ultrapassou em muito as minhas expectativas. Hoje tem mais visitas do que as que merece porque não o actualizo como devia (ainda assim, obrigado).
Contudo, revi e continuo a rever os post iniciais para deixar os escritos correctos, pelo menos. As primeiras imagens perderam-se por vicissitudes informáticas, mas os textos continuam como eram, ou revistos para melhor.
Aprendi muito desde 2003.
segunda-feira, setembro 10, 2012
domingo, abril 29, 2012
Estás a brincar.
É engraçada a idade em que uma pessoa ainda não é adulta mas também já não é criança. Diria que, em geral, isto acontece por volta dos 12 anos mas não se estende para a adolescência. Esta é a fase em que os baloiços dos parques de Domingo começam a parecer pequenos apesar de ainda serem convidativos. É por aqui que também acontece o fenómeno de invejar presentes de Natal para os mais novos mas não se pode demonstrar.
Penso que era um menino, de plástico, composto. Sim era um corpo com cheiro a borracha e não a bebé. Na minha cabeça pelo menos era assim, e na da menina também.
quarta-feira, abril 11, 2012
Conversa de sofá.
- O sucesso de um jantar mede-se pelas conchas e caroços de frutos exóticos que encotramos no lixo.
- O das músicas é quando tocam no tempo de espera da linha das finanças.
- O das músicas é quando tocam no tempo de espera da linha das finanças.
quarta-feira, fevereiro 29, 2012
A vida de um homem.
- Sabes, não sei o que hei de fazer.
- Tu tens é demasiadas mulheres a mandar em ti.
- Tu tens é demasiadas mulheres a mandar em ti.
sexta-feira, fevereiro 03, 2012
A primeira lança.
Foi ensinar o filho a usar um canivete e a primeira coisa que fez foi cortar um dedo. Como se fosse uma ilustração do que não fazer.
A vergonha chegou com as pingas de sangue e com as palavras de conforto com 10 anos de idade ou inexperiência.
Não faz mal abrir um dedo ou uma recordação de como deve ser um pai ou um pau.
A vergonha chegou com as pingas de sangue e com as palavras de conforto com 10 anos de idade ou inexperiência.
Não faz mal abrir um dedo ou uma recordação de como deve ser um pai ou um pau.
sábado, janeiro 21, 2012
Serviço.
Que se passa contigo, que só me preocupas? Perdeste o controlo da fórmula e agora caem os pratos todos ao mesmo tempo? Tens que salvar alguns mas só tens duas mãos e nenhuma cabeça.
Agarra um qualquer, não te magoes, cuidado com os pés. São cacos que pisas, nada de mais. Pena a tua vida estar aqui a passar. Mas amanhã já estará tudo limpo.
Vais ver: os pontos na mão serão dados com mil cuidados por um homem novo.
terça-feira, janeiro 17, 2012
quinta-feira, dezembro 29, 2011
Infinitos.
Sofro do síndrome da página em branco mas ao contrário - fico fascinado com as possibilidades que podem ir ali parar. A folha em branco é o que eu quiser e o que conseguir. E se não for nada de jeito, foi o que me ocorreu.
A folha em branco é o chão sem nenhuma pegada nem ramo, o sono sem sonhos - e eu gosto de dormir sem sonhar com nada.
É valiosa como um dia a mais.
A folha em branco é o chão sem nenhuma pegada nem ramo, o sono sem sonhos - e eu gosto de dormir sem sonhar com nada.
É valiosa como um dia a mais.
terça-feira, dezembro 27, 2011
"Prefiro ter o homem certo,
do que o casamento certo" - Anna Smith para Mr Bates ao entrarem numa igreja.
Esta e outras frases com o mesmo calibre na série Downton Abbey.
Esta e outras frases com o mesmo calibre na série Downton Abbey.
terça-feira, dezembro 06, 2011
sexta-feira, dezembro 02, 2011
Desculpem a insistência.
Mas é isto mesmo que quero partilhar. E, por favor, antes de ver preocupem-se com a qualidade e volume.
sábado, novembro 05, 2011
O homem perfeito.
Li uma lista que tinha os 26 requisitos para isto. Nenhum era importante, todos agoniavam.
Já morreu quem os pôs por escrito.
Mas o tal sujeito não.
segunda-feira, outubro 31, 2011
8º Aniversário.
Faz hoje 8 anos
Se fosse um cão
estaria mais para lá do que para cá
como blogue
não sei se é muito se não.
Nada como um pouco de poesia à la minute para comemorar.
quinta-feira, outubro 20, 2011
Ano de 2003 revisto.
Acabei ontem de rever os posts de 2003. Tirei advérbios, adjectivos, e pronomes. Os anos passam e a preocupação com os excessos aumenta.
Truque para perceber os que foram revistos: Os títulos estão num corpo de letra maior (igual aos actuais).
Truque para perceber os que foram revistos: Os títulos estão num corpo de letra maior (igual aos actuais).
segunda-feira, outubro 17, 2011
Revisão de ligações.
A idade e a paciência levaram a mais uma revisão da lista de ligações: saíram umas quantas que se tornaram desinteressantes para mim e entrou o Reserva mental.
Lobo Antunes.
Vi uma entrevista do escritor na RTP 1 num destes dias que contribuiu para mudar um pouco a minha opinião sobre a pessoa. Bem sei que as coisas passadas a escrito ganham uma gravidade que não têm no momento em que são ditas ou feitas e talvez tivesse sido esta diferença que não me dava boa imagem sobre o senhor. Até hoje só tinha lido, (e não visto ou ouvido), as suas entrevistas.
Coisas que gostei:
- Fumou;
- Disse que não sabia que era possível fazer-se um ser humano como o Alberto João Jardim;
- Afirmou que acreditava em Deus, evidentemente (não no do costume mas no que todas as pessoas acreditam);
- Disse que os ateus são os mais religiosos;
- Falou da Palavra de Honra;
- Para ele, a Cultura é a coisa mais importante.
Aqui está ela.
Coisas que gostei:
- Fumou;
- Disse que não sabia que era possível fazer-se um ser humano como o Alberto João Jardim;
- Afirmou que acreditava em Deus, evidentemente (não no do costume mas no que todas as pessoas acreditam);
- Disse que os ateus são os mais religiosos;
- Falou da Palavra de Honra;
- Para ele, a Cultura é a coisa mais importante.
Aqui está ela.
sábado, outubro 08, 2011
quinta-feira, setembro 29, 2011
Work in progress.
Mais alguns dos primeiros posts foram revistos e melhorados. Aqui, como na vida, há coisas boas e más lá atrás.
Não sei se ria ou chore com a mania de usar sempre a palavra Amor nos títulos dos primeiros escritos. Isso não mudei, afinal de contas um título é coisa que não se tira a ninguém.
Não sei se ria ou chore com a mania de usar sempre a palavra Amor nos títulos dos primeiros escritos. Isso não mudei, afinal de contas um título é coisa que não se tira a ninguém.
terça-feira, setembro 27, 2011
Revisão da matéria.
Como já devem ter reparado, o Estranho Amor tem sofrido alterações de imagem. Além destas, comecei hoje a rever os primeiros textos escritos em 2003.
Na altura não sabia escrever como hoje. Voltei a lê-los e afinei coisas de português. Gostei do que li, ao contrário do que esperava. Estão lá ideias de 2003 que vi mais tarde noutros sítios como no argumento do filme The Curious Case of Benjamin Button (2008), não querendo dizer nada com isto a não ser que me lembrei primeiro.
O tempo dirá o que isto vale. Para mim vale muito. Obrigado aos milhares de leitores que ainda hoje passam por aqui. A eles devo um pedido de desculpa pela ausência dos últimos tempos.
O meu Amor segue por aqui.
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