quinta-feira, maio 31, 2007

Em novinho, era na cama que me protegia das coisas más.

Hoje és tu que lá vais salvar-me.

segunda-feira, maio 28, 2007

SG Anão.

A coisa que mais me irrita num blogue de que gosto é a falta de actualizações. A estes, gostava-os de ver uma ou duas vezes por dia com novidades.

Em contrapartida sou apologista do se não tens nada para dizer, deves manter-te calado. Isto é só uma contradição aparente, porque se gosto mesmo, bastavam umas palavrinhas de nada para eu ficar contente.

Isto não abona a favor deste blogue nem de quem costuma aqui vir. Resta-me encarar esta falta de tempo como uma visita a um médico fumador.

quarta-feira, maio 23, 2007

Pensam que é pedir pouco?



Queria fazer corações de ferro. Com as mão encardidas e a testa a escorrer. Um ajudante a dar alma às brasas. A bigorna aguentava mais do que as minhas costas, já se sabia.

Depois de prontos alguém tratava de os pintar. Se fosse um miúdo a vir buscá-los pregava-lhe uma partida.

Depois do primário e do encarnado alguém os havia de cravar no azinho. Para ouvirem despedidas e o que calhasse durante muitos anos. A abrir e a fechar como se batessem, e batiam às vezes.

A melhor coisa que me podiam dar era saber que na escada, mesmo atrás deles, uma rapariga, com tanto de nova como de linda, iria chorar o começo de uma perda qualquer. E olhasse, e os visse com a rua por trás. E que se risse.

sexta-feira, maio 11, 2007

Afável no trato.

- Não percebo porque é que o homem não me encara.

- Também não, mas se calhar é porque tens um ar demasiado heterossexual e ele deve ter a percepção inconsciente que não tem qualquer hipótese.

- Eu? Tenho um ar demasiado heterossexual? Eu nem tenho muitos cabelos no peito. Para que saibas, eu até sou daqueles que compram qualquer coisa com vergonha de dizer que não.

- Lá está, isso só revela que nasceste para ser um companheiro obediente, não para maricas.

segunda-feira, maio 07, 2007

Ouvi dizer que a igreja acabou com o Limbo.

O Limbo era para onde iam os que morrem antes do uso da razão. Era uma das minhas esperanças ou um sítio onde poderia ficar descansado.

Se por um lado não gosto de roupas brancas, por outro não tenho voz suficiente para dar um bom réprobo.
Os elogios verdadeiros são assim:

És tão sensível que poderias viver numa unidade de queimados de um hospital grande.

quinta-feira, maio 03, 2007

A estranheza do Amor é um clássico.



Belle de Jour – Luis Buñuel

E este é dos bons. Dos muito bons.